terça-feira, 18 de agosto de 2009
Arrepios ... Sentimentos Distantes
Na travessia das fantasias
A vida tem esculpido magias
Que chegam e cobram a mim
Para que eu componha assim
Nos sonhos transformados
Pelos desertos misteriosos
As poesias vêem e afirmam
Meus sonhos mais formosos
Versos em melodias sem fim
Que ela me assopra e alopra
Seja pela semeadura ao relento
Ou no suave bafejo do alento
Segredos escondidos em almas
Corações desfeitos em lágrimas
Leva ao vento nossas palavras
Transporta-as para outras bandas.
Alívio de uma cruel ausência
Inexisto aqui sem a tua presença
Pois teu amor faz toda diferença
Pelos caminhos trazendo-me você
Puro sentimento de paixão,
Nasceu entre sombras e escombros
Entre os rios de uma memória
De um amor que nunca tem fim
O oceano reluz e fica prateado
Com a lua que sorri iluminada
Nuvens no céu são desenhadas
E vejo mil miragens estampadas
Sonhos transpostos por ilusões
De um mar profundo e sentido
Refletindo sentimentos apaixonados
De dois entes que procuram se amar
Como se amor fosse enxurrada
Esparramando gotículas de chuva
Beijando minha face como pluma
E só assim enxergo na escuridão
Tua alma ferida pela dor profunda,
Não pode ver a luz do dia nascendo
Beija a lua tua leal e doce amiga
Sente as gotas que te acariciam
Feliz eu cantarolo uma canção
Que anestesia a minha solidão
O poeta padece sem a amada
Fica afogado. Alma dilacerada!
As sensações levadas pelas dunas
Das memórias que crescem e morrem
Dos dias que teimam em não passar
Longe de um amor que se quer amar...
Respira e sofre só lembranças
Saudades doídas e intensas
Porque sem ela ele não vive
Solta suas lágrimas abafadas
O suor beija sua face,
Das mágoas que vivenciou
A distancia mata a paixão
De um amor, que sozinho ficou
Nesse dilema e encruzilhada
Ele reza ajoelhado a sua prece
Vê o pôr-do-sol e conta estrelas
Que abraça acreditando ser ela.
Hildebrando Menezes & Catarina Camacho
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