Converter poderes

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começar vitórias com mudança
dizer com a mente
“não faças…” o que o corpo sente

tortura, sorriso do que ganha
martírio do que luta, do que perde
daquele que ainda corre, do hábito
da garganta quente, da voz adormecida e feliz

“não faças…” diz-me outro eu
não pares, não penses, não sintas
também te lembras o que é o prazer
o ouvir do fogo sorrateiro que acinza

és o crime o fugaz
a tentação que sozinha não acontece
uma vida curta, breve minuto e morte
odeia-me, diz-me tu “…não faças”

sei onde estarás
no virar de uma loucura
no correr, no vento nefasto
sei sempre porque virás

em poema em saber
sou ser teu servo e tu meu erro
meu segredo, degredo meu
murmúrio infinito, o momento

Escrito por da Silva Costa