quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Objectivos?! Intenções?! Prazer?! Esquema?!



Estamos a entrar na época natalícia, é uma fase em que se torna muito aborrecido ir aos supermercados, seja em qualquer dia ou hora.
O consumismo envolve as pessoas, os lugares, o tempo, e torna – nos aparentes zombies.
Por esta razão afasto-me destes locais, vou lá as vezes estritamente necessárias e tento comprar somente o indispensável. Nem sempre é tarefa fácil, tanta publicidade aliciante, sempre pronta a encandear-nos… torna-se difícil não ficarmos ofuscados.
Com calma, paro, respiro e penso, retomo o meu caminho com os objectivos já traçados na lista de compras e tento não ceder a tentações.
Comprei uma caixa de bombons “Baci”, uma marca conhecida pela maioria das pessoas, gosto muito. Defino este bombom como sendo um presente doce bastante apelativo, começa pelo nome “Baci”, que significa beijo em português. Segue-se a mensagem que se encontra no seu interior, que nos acrescenta sempre algo. Finalmente, o seu fabuloso sabor.
Guardei a caixa dos “Baci” dentro da sacola com que ando diariamente e durante os dias seguintes coloquei em prática um esquema que costumo concretizar todos os anos, especialmente nesta época. Uma atitude minha que reflecte os bons valores assumidos e os relaciona com o meu compromisso com o mundo e com as relações humanas.
O “objectivo”, o “esquema”, as “intenções”, a “vontade”, o “prazer”, a “alegria”, o “compromisso”, espelham-se no que vos vou transmitir a seguir.
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Passo pelo senhor da portaria da escola, que todos os dias me dá um “bom dia” sorridente e simpático. Dou-lhe um bombom, um beijinho, um sorriso e em silêncio sigo em frente.
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Chego à recepção do ginásio e encontro a atenciosa recepcionista, que gentilmente me guardou o equipamento, que me esqueci no dia anterior no balneário. Dou-lhe um bombom, um beijinho, um sorriso e em silêncio sigo em frente.
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Ao fim da tarde vêm as senhoras da limpeza, sempre bem dispostas e com uma anedota/adivinha para contar. Dou-lhes um bombom, um beijinho, um sorriso e em silêncio sigo em frente.
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Depois desta situação todos ficam espantados e sem saber o que dizer, porque hoje em dia ninguém dá nada a ninguém e este tipo de atitudes são raras.
Olho para trás e reparo na cara de admiração e curiosidade das pessoas, aceno, agradeço e sigo em frente.
Pessoas que conheço de forma superficial, que vejo e cumprimento diariamente, com quem inevitavelmente crio laços de bem-estar.
Mesmo sem palavras e sem conversas, o sorriso, o cumprimento e a boa vontade delas tornam os meus dias mais felizes e humanamente enriquecedores.
Por este motivo, decido ter este pequeno gesto. É simbólico, mas tem um grande significado para mim. E acredito que aquele pequeno bombom se torna mágico e vale mais do que ouro, intenção inigualável.
Muitas vezes penso como seria bom se cada um de nós arranjasse o seu próprio esquema, a troca do dar e receber e a inter-ajuda, são objectivos em que o interesse principal é a felicidade mútua. Acreditem e pensem nisto. Muitos beijinhos, Luisa

1 comentário:

  1. Normalmente, quando recebo caixas de bombons gosto sempre de partilhar, mesmo em proveito próprio. Pois, gulosa como sou, comia a caixa toda e o resultado final era drástico.
    A tua atitude é muito bonita, só podia.
    Beijinhos amiga e nunca mudes.

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